sábado, 11 de outubro de 2008

REALIDADE PENSANTE - ATO V - Santa Soledade


Manuela Torres Acosta, ou Santa Soledade, nasceu em Madrid - Espanha, no dia 2 de Dezembro de 1826. A história desta santa espanhola é, antes de mais nada, um testemunho de fé e caridade perante o mundo. Morreu nessa mesma cidade, no dia 11 de outubro de 1887. Em 1851, deu início à congregação religiosa Servas de Maria, cuja finalidade era prestar ajuda aos doentes nos hospitais como enfermeiras. Santa Soledade padeceu muitas dificuldades até à implantação definitiva da nova família religiosa. Esteve presente nos momentos mais difíceis e penosos da história espanhola, como, por exemplo, na guerra civil e na epidemia de cólera de 1885. Durante a vida da santa foram fundadas 46 casas e, actualmente, as Servas de Maria encontram-se espalhadas por todos os continentes. Foi canonizada por Paulo VI em 1970.


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Quantos de nós se interessa pela situação de um doente. Confesso que eu não sou exemplo disso. Contudo, a Igreja não dispõe dos santos somente à título de intercessão, mas também (e à partir) do exemplo de vida deles. É o caso de Santa Soledade, cuja vida conheci há pouco.

De fato, um a fatia pequena da sociedade é formada em medicina ou enfermagem, que são pessoas que receberam do Senhor este dom e fazem uso dele pelo bem do próximo. Mas nós, mesmo sem saber lidar com o doente, clinicamente falando, podemos sim oferecer algo de nós à eles. Seja uma visita, uma demonstração de afeto, um auxílio material, simplesmente companhia... Deus espera de nós uma ação também nestes casos. É a prática da caridade fraterna, que como bem sabemos, dentre as virtudes teologais é a que prevalesce. É o momento de também lembrarmos ao doente de que este momento que passa é um momento de purificação, de profunda adesão ao Cristo sofredor. Lembrá-los que configurando suas dores às dores de Cristo na Cruz em favor de si e da humanidade pecadora obterá grandes graças do seu Sacratíssimo Coração. Um santo da Igreja, ao receber uma incumbência de Deus e sem saber como executar o que Ele queria, começou a pedir aos doentes que visitava que oferecessem suas dores ao Senhor pela sua causa. Sabia que essa prática era agradável aos seus olhos. Vejam quantas coisas podemos fazer por um doente e o quanto um doente pode fazer por nós... Voltemos nosso olhar para Cristo e peçamos à Ele um coração aberto aos nossos irmãos que estão doentes para que, inspirados por Ele, façamos da maneira que lhe aprouver as vezes dEle para nossos irmãos enfermos. Nossa Senhora da Saúde intereceda por nós. Lembremos de seu chamado provocador em Mt 25,43 "Estive doente e não fostes visitar-me".


"Em verdade, vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses mais pequenos, foi a mim que o deixaste de fazer! (Mt 25,45)"


Santa Soledade, Rogai por nós!

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